Nome:
Localização: Setúbal, Quinta Do Anjo, Portugal

sábado, novembro 4

"O Frio lá fora..."

Titulo: O Frio lá fora..

Autores: João Coelho & Ana Filipa

Nota: As partes em negrito são do João Coelho e as normais da Ana Filipa


O céu está carregado de nuvens cinzentas por todo o lado. Não existe um espaço para um raio daquele sol que o deixei de ver há muito tempo atrás. As primeiras gotas do dia começam a cair naquela rua igual a tantas outras. Não há pessoas lá fora a passear como se via em dias de calor! Estava tudo por trás daquelas janelas altas e estreitas a olharem para a Ana. Todos tentam chamar-lhe a atenção. Mas ela continua o seu caminho ignorando as vozes que ouvia naqueles prédios que existem milhares ao longo da rua. Começam a aparecer carros atrás de carros, parecia uma daquelas avenidas a hora de ponta. Ana era uma daquelas pessoas com um cérebro cheio de ideias únicas, pois nada lhe fazia mudar de ideias. Quando aqueles ruídos que traziam poluição atrás começaram a andar de um lado para outro a velocidade loucas. Ela continuo o seu caminho sem olhar para nenhum dos lados, o risco de encontrar a sua morte não era problema para Ana.
Sempre foi destemida não queria parar por nada, não havia nenhum limite. E era isso mesmo que ela gostava, dos limites! Continuo a caminhar até chegar a um grande parque cheio de árvores, criancinhas a correr, flores e banquinhos com casais de velhotes ainda apaixonados. Ana sentiu um pingo de inveja de tanto amor, mas não se pode ter tudo na vida não é? - Pensou ela. Continuou a caminhar até ao meio do parque e sentou-se naqueles banquinhos onde pousou a mala, e por fim desligou o telemóvel. Agora era um momento de paz, sempre intromissão daquele mundo estranho, sem o telemovel a tocar. Olhou para o céu, era tão azul e tão belo e os pássaros tão livres, ela também queria essa liberdade. Nesse momento uma borboleta vermelha com risquinhas pretas e pintas brancas pousou nas suas calças de ganga, Ana olho-a com a maior das atenções e disse “Voa!”. E a borboleta levantou voo mas segundos depois voltou a pousar perto dela. Ana tinha tudo, quer dizer quase tudo.