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terça-feira, novembro 21

O Frio lá Fora III


Surpreendida com o convite dele. Ana respira fundo com o seu sorriso diz “O cafezinho parece ter um ambiente calmo como eu gosto!”. João sentiu que o seu convite ia ser aceite pela Ana. Delicado como sempre foi, João olha com os seus olhos verdes para Ana. Não queria fazer pressão, pois era algo que não vivia em si. O tempo parou por momentos, o silêncio das respirações tinha regressado mas não por muito. “Aceito o seu cafezinho mas com uma condição” – Diz ela ao João. Curioso como o seu gato que vive na sua casa, João lança um olhar curioso. “Que condição Ana? Conto-lhe o que quiser saber” – Diz ele com a sua voz meiga. Ana confessou que não esperava encontrar alguém naquele jardim como ele. “Sinto que você tem um ar de escritor! Diga a verdade e aceito o cafezinho” – Exclamou ela com o seu ar tímida para o João. Ele pegou no seu telemóvel e naqueles livros que trazia escondidos: “Você apanhou-me! Vamos, conto-lhe a verdade” – Diz o João á uma Ana com um sorriso esplendor. E assim entraram no café, escolheram uma mesa no cantinho onde pudessem ter um pouco de privacidade e pediram dois cafés. João como não sabia como começar uma conversa olhava à volta a ver se achava algum tema de conversa. Ana olha-o nos olhos e diz “Acho que não faz sentido nos estarmos a tratar por você não acha João?”. Ele confirma e pergunta o porquê dela suspeitar que ele é escritor. Ela pousa a chávena de café e procura os olhos dele que teimam em se esconder dos dela, mas por fim ele olha-a. Ana sorri e diz: - “O João tem um ar de escritor, não sei bem explicar mas com esse ar distante dá essa impressão.” Nesse momento Ana lembra-se que tem assuntos pendentes e tem que ligar o telemóvel enquanto que o João olha-a com um ar de “descobriste isso assim, que incrível”. A conversa continuou até que o telemóvel começou a tocar, ela fica um tanto embaraçada mas por fim diz “Tenho que atender desculpa”. O João só diz “Não faz mal”. A chamada é atendida: “Tô sim?”, “Sim eu não demoro já estou quase despachada”, “Queres lasanha para o jantar?”, “Ok querido, até logo beijinhos. Eu também”. João fica extremamente desconfortável com aquele “Querido” e no fim “Eu também”. Teve uma pinga de ciúmes de uma desconhecida. Ele não queria acreditar que ela era casada ou qualquer coisa assim, nem anel tinha. Nesse momento João abana a cabeça e fecha os olhos, Ana olha-o surpreendida e diz “Tenho que ir João”. Ele apenas diz um “Eu percebi” nem foi num tom normal foi num tom bastante frio. Ela tira o dinheiro da carteira e pousa em cima da mesa e diz “Gostei de te conhecer, pareces uma pessoa interessante”. Ele diz Igualmente Ana.


João [A Negrito] & Ana [Simples]

1 Comments:

Blogger Hip said...

"O Frio lá fora".

Para mim tem sido uma historia que entre as palavras junta um pouco de realidade a sonhos, ou até de desejos que a pouco a pouco vão aparecendo ou desaparecendo.

A nossa historia começou por uma brincadeira. Já estamos na parte II e ainda falta muitas linhas para serem escritas.

Obrigado Ana por estares a escrever esta historia comigo. Porque um dia "Caminhos Cruzados" será um livro cheio de linhas aonde sonhos e desejos foram escritos.

:)

11/21/2006 07:04:00 da tarde  

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