Nome:
Localização: Setúbal, Quinta Do Anjo, Portugal

quarta-feira, novembro 22

O Frio lá Fora IV

Quando a Ana estava a deixar o café para retornar o seu percurso para casa, João sai a correr. “Espere!” – Gritou ele para ela. João chega perto da Ana com o sorriso que ela conheceu e lhe pergunta: “O nosso café foi pequenino. Posso fazer-lhe companhia?”. Ana por momentos ficou sem palavras para lhe responder. “Aceito a sua companhia” – Diz ela ao João. Ele recuperou o fôlego e acompanhou o passo da Ana. O caminho era curto pois a casa dela ficava a uns minutos do parque. Antes de deixar Ana, o rapaz que a sua pele era lisa como a de um bebe confessa que é escritor há vários anos. “Diga-me uma coisa Ana!” – Diz João á Ana enquanto ela ia subindo devagarinho os degraus da sua casa. “O que João?” – Pergunta Ana ao João enquanto ele olhava para uma janela que lhe dava ar de ser familiar. “Fiquei curioso que o telefonema que recebeu lá no café. Desculpe mas…É Casada?”


Parte II
Como não esperava uma pergunta daquelas fica um pouco incomodada e decide não responder. “Venha comigo até a minha casa e explico-lhe, ou então vai perceber logo” – Diz a Ana com um sorriso muito doce. O caminho apesar de ser pequeno durou bastante tempo, a conversa era boa e os passos dos dois eram cada vez mais lentos. Trocavam olhares cúmplices, até chegaram a tocar na mão um do outro por um pequeno descuido que se tornou num pequeno desconforto que passado breves segundos deixou de existir. Isso tudo quebrado com um sorriso meigo da parte da Ana que tinha corado. Sim corado com um gesto tão simples, ela nunca tinha imaginado ficar assim por tão pouco. Mas a verdade era que o João era mais que o menino que ela conheceu no parque, o menino que era lindo, o menino que a tinha feito sonhar. Chegaram a porta Ana convida-o a subir “É agora João está preparado? Vai descobrir o meu pequeno segredinho.” - Diz ela com um sorriso malandro e com uma pinga de ingenuidade. A porta do prédio era uma porta que dava a ligeira impressão de ser a porta para o passado, João conhecia aquele lugar mas de onde? Essa era a pergunta que não saia da cabeça do João. Ele já tinha vivido por tantos recantos de Portugal e agora estava naquela situação. Se ele já esteve ali, tudo mudou drasticamente. Ele não se lembrava de nenhum daqueles maravilhosos sitios que viveu tivesse um parque tão bonito, uma paz tão saborosa.
João [A Negrito] & Ana [Simples]

terça-feira, novembro 21

O Frio lá Fora III


Surpreendida com o convite dele. Ana respira fundo com o seu sorriso diz “O cafezinho parece ter um ambiente calmo como eu gosto!”. João sentiu que o seu convite ia ser aceite pela Ana. Delicado como sempre foi, João olha com os seus olhos verdes para Ana. Não queria fazer pressão, pois era algo que não vivia em si. O tempo parou por momentos, o silêncio das respirações tinha regressado mas não por muito. “Aceito o seu cafezinho mas com uma condição” – Diz ela ao João. Curioso como o seu gato que vive na sua casa, João lança um olhar curioso. “Que condição Ana? Conto-lhe o que quiser saber” – Diz ele com a sua voz meiga. Ana confessou que não esperava encontrar alguém naquele jardim como ele. “Sinto que você tem um ar de escritor! Diga a verdade e aceito o cafezinho” – Exclamou ela com o seu ar tímida para o João. Ele pegou no seu telemóvel e naqueles livros que trazia escondidos: “Você apanhou-me! Vamos, conto-lhe a verdade” – Diz o João á uma Ana com um sorriso esplendor. E assim entraram no café, escolheram uma mesa no cantinho onde pudessem ter um pouco de privacidade e pediram dois cafés. João como não sabia como começar uma conversa olhava à volta a ver se achava algum tema de conversa. Ana olha-o nos olhos e diz “Acho que não faz sentido nos estarmos a tratar por você não acha João?”. Ele confirma e pergunta o porquê dela suspeitar que ele é escritor. Ela pousa a chávena de café e procura os olhos dele que teimam em se esconder dos dela, mas por fim ele olha-a. Ana sorri e diz: - “O João tem um ar de escritor, não sei bem explicar mas com esse ar distante dá essa impressão.” Nesse momento Ana lembra-se que tem assuntos pendentes e tem que ligar o telemóvel enquanto que o João olha-a com um ar de “descobriste isso assim, que incrível”. A conversa continuou até que o telemóvel começou a tocar, ela fica um tanto embaraçada mas por fim diz “Tenho que atender desculpa”. O João só diz “Não faz mal”. A chamada é atendida: “Tô sim?”, “Sim eu não demoro já estou quase despachada”, “Queres lasanha para o jantar?”, “Ok querido, até logo beijinhos. Eu também”. João fica extremamente desconfortável com aquele “Querido” e no fim “Eu também”. Teve uma pinga de ciúmes de uma desconhecida. Ele não queria acreditar que ela era casada ou qualquer coisa assim, nem anel tinha. Nesse momento João abana a cabeça e fecha os olhos, Ana olha-o surpreendida e diz “Tenho que ir João”. Ele apenas diz um “Eu percebi” nem foi num tom normal foi num tom bastante frio. Ela tira o dinheiro da carteira e pousa em cima da mesa e diz “Gostei de te conhecer, pareces uma pessoa interessante”. Ele diz Igualmente Ana.


João [A Negrito] & Ana [Simples]

segunda-feira, novembro 20

O Frio Lá Fora II

Nota: As partes em negrito são do João Coelho e as normais da Ana Filipa

~
As horas iam passando como as nuvens a passar entre os raios do sol. Um sol quente que fazia ainda mais notar os traços da borboleta que voava pela roupa da Ana, pois lá sentia-se confortável como nunca. De repente ela desvia o olhar do bichinho e vê uma sombra a aproximar-se do seu banco. Nesse momento Ana olha para a borboleta e pergunta “Porque não voas?”. Enquanto a sombra se movia para o seu lado. Ana começou a prestar atenção ao rosto que apareceu por trás daquela sombra. Ele era um jovem com um aspecto que qualquer rapariga gostava de ter do seu lado. A pele do seu rosto era lisa como a de um bebe. Os seus olhos verdes era o jardim que e Ana andava a procura. “Posso sentar-me ao seu lado?” – Pergunta João á Ana. O silêncio tinha parado ali com aquela pergunta, só se ouvia a respiração de ambos. Ana olhou-o nos olhos e sentiu-se como se estivesse no paraíso, logo de seguinda sorriu e acenou com a cabeça que sim e saiu um “Sim” muito baixinho. O João senta-se ao lado dela e fecha os olhos durante cerca de trinta segundos e inspira profundamente, ela mira-o e sorri. Ele responde ao olhar e diz “Sou o João, prazer.” A Ana, que não estava à espera de tal gesto fica surpresa com a espontâneadade e diz “Muito obrigada eu sou a Ana, prazer.” Ali estavam os dois naquele parque com os olhos fixos por breves segundos um no outro. João queria falar para a suprender com as palavras que Ana andava a procura à algum tempo mas tinha medo de meter “o pé na poça”. O bichinho, a linda borboleta devagarinho começou a voar deixando-os sozinhos, totalmente sozinhos. O João ouve o telemóvel a tocar e olha para o telemóvel dela que estava em cima do banco mas estava desligado, afinal era o seu. Tira-o do bolso diz “Com licença Ana” e atende. Cerca de três minutos depois volta e diz “Este trabalho cansa tanto, apesar de o adorar!”. Ana olha-o e ri-se e diz que o dela era exactamente mas adora o que faz e então não era assim tão mau. A resposta foi parecida com a dela mas no final com um “Quer ir aquele cafezinho ali ao fundo? Parece ser simpático....” - Diz o João com algum medo de ouvir um não como resposta.


João & Ana *

sábado, novembro 4

"O Frio lá fora..."

Titulo: O Frio lá fora..

Autores: João Coelho & Ana Filipa

Nota: As partes em negrito são do João Coelho e as normais da Ana Filipa


O céu está carregado de nuvens cinzentas por todo o lado. Não existe um espaço para um raio daquele sol que o deixei de ver há muito tempo atrás. As primeiras gotas do dia começam a cair naquela rua igual a tantas outras. Não há pessoas lá fora a passear como se via em dias de calor! Estava tudo por trás daquelas janelas altas e estreitas a olharem para a Ana. Todos tentam chamar-lhe a atenção. Mas ela continua o seu caminho ignorando as vozes que ouvia naqueles prédios que existem milhares ao longo da rua. Começam a aparecer carros atrás de carros, parecia uma daquelas avenidas a hora de ponta. Ana era uma daquelas pessoas com um cérebro cheio de ideias únicas, pois nada lhe fazia mudar de ideias. Quando aqueles ruídos que traziam poluição atrás começaram a andar de um lado para outro a velocidade loucas. Ela continuo o seu caminho sem olhar para nenhum dos lados, o risco de encontrar a sua morte não era problema para Ana.
Sempre foi destemida não queria parar por nada, não havia nenhum limite. E era isso mesmo que ela gostava, dos limites! Continuo a caminhar até chegar a um grande parque cheio de árvores, criancinhas a correr, flores e banquinhos com casais de velhotes ainda apaixonados. Ana sentiu um pingo de inveja de tanto amor, mas não se pode ter tudo na vida não é? - Pensou ela. Continuou a caminhar até ao meio do parque e sentou-se naqueles banquinhos onde pousou a mala, e por fim desligou o telemóvel. Agora era um momento de paz, sempre intromissão daquele mundo estranho, sem o telemovel a tocar. Olhou para o céu, era tão azul e tão belo e os pássaros tão livres, ela também queria essa liberdade. Nesse momento uma borboleta vermelha com risquinhas pretas e pintas brancas pousou nas suas calças de ganga, Ana olho-a com a maior das atenções e disse “Voa!”. E a borboleta levantou voo mas segundos depois voltou a pousar perto dela. Ana tinha tudo, quer dizer quase tudo.